Segundo os dados do Boletim Temático da Biblioteca do Ministério da Saúde, aproximadamente 30 milhões de brasileiros possuíam 60 anos ou mais em 2020, o que correspondia a cerca de 14% da população total do país. As estimativas indicam que, até 2030, o número de pessoas idosas será maior do que o de crianças e adolescentes. Em 2050, espera-se que os idosos representem aproximadamente 30% da população brasileira, enquanto as crianças e adolescentes corresponderão a cerca de 14%. Com esse aumento, o poder público vem criando ações para garantir um envelhecimento saudável e digno para população.
Uma dessas ações é o Junho Violeta.
O mês de junho é escolhido para campanha devido a data 15 de junho, Dia Mundial da Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa que foi oficialmente reconhecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2011, após solicitação da Rede Internacional de Prevenção ao Abuso de Idosos (INPEA), que estabeleceu a comemoração em junho de 2006.
A campanha tem como objetivo conscientizar e combater a violência contra a pessoa idosa.
As pessoas idosas são fontes de sabedoria, experiência e afeto, e é nossa responsabilidade garantir que desfrutem de uma vida digna, segura e próspera.
Principais tipos de violência contra a pessoa idosa e como combater
Uma das violências mais frequentes é a negligência, quando os responsáveis pela pessoa idosa deixam de oferecer os cuidados básicos, como higiene, saúde, medicamentos, proteção contra o frio ou calor. O abandono é outra forma grave de negligência, caracterizada pela ausência ou omissão dos familiares ou instituições em fornecer ajuda e proteção a um idoso. Existe, ainda, a violência física, quando é usada a força para obrigar os idosos a fazerem o que não desejam, ferindo, provocando dor, incapacidade ou até a morte.
A violência psicológica/emocional é a mais sutil e uma das violências que mais acontecem. Inclui comportamentos que prejudicam a autoestima ou o bem-estar da pessoa idosa, entre eles, xingamentos, sustos, constrangimento, destruição de propriedade ou impedimento de que vejam amigos e familiares. Por último, temos a violência financeira ou material, que envolve a exploração forçada ou ilegal dos recursos financeiros e patrimoniais dos idosos, bem como o uso não autorizado desses recursos por terceiros.
Denuncie!
É importante denunciar casos em que idosos apresentem aparência negligenciada, marcas inexplicáveis no corpo ou evidências de quedas frequentes, além de terem familiares ou cuidadores que demonstram indiferença em relação a eles. Esses sinais podem indicar que os idosos estão sendo vítimas de violência. Para denunciar tais situações, é recomendado entrar em contato com os órgãos competentes de proteção aos idosos, como o Disque 100 ou a Delegacia de Proteção ao Idoso mais próxima. Essas instituições poderão tomar as medidas necessárias para garantir a segurança e o bem-estar dos idosos em situações de violência.